Medição do tempo

Quanto tempo o tempo tem? Conheça mais sobre as origens da medição do tempo

Por admin

“O tempo é o jeito que a natureza deu para não 

deixar que tudo acontecesse de uma vez só.”

John Wheeler

Desde o momento em que nascemos, as divisões do tempo já tem um papel fundamental na nossa vida: em que horas aconteceu o nascimento, em que dia, mês e ano… E assim segue ao longo da vida, nas etapas do desenvolvimento, nos acontecimentos marcantes, no dia a dia — o tempo e a passagem dele é uma das maiores constantes na vida dos seres humanos.

Tanto como um conceito quanto como uma força, o tempo é algo tão essencial e complexo que ele está presente em todos os campos da ciência, e sua definição exata varia de acordo com cada um deles. 

É por isso que, para facilitar a compreensão, marcação, medição e acompanhamento, foram desenvolvidas diversas formas e instrumentos de medição do tempo, que englobam desde os períodos mais longos até os mais curtos, como os calendários e relógios, dois elementos considerados fundamentais no nosso dia a dia.

Mas você sabe como essas formas de medição do tempo foram criadas e no que elas se baseiam? As histórias são super interessantes, então vem com a Emponto saber um pouco mais sobre quanto tempo o tempo tem. Continue lendo!

As primeiras 24

Apesar da passagem do tempo ser uma força constante desde a criação do Universo, a medição do tempo em si é um conceito relativamente moderno: acredita-se que os primeiros objetos a serem considerados relógios, os relógios de sol, surgiram no século XVI a.C. em regiões do Egito Antigo e da Babilônia.

Consistindo basicamente de uma base e uma espécie de ponteiro — geralmente uma vara ou vareta posicionada verticalmente no centro da base — o relógio de sol funciona através da marcação da sombra criada por esse ponteiro sobre o mostrador, que muda de acordo com o movimento do sol durante o dia.

Quer saber mais sobre o relógio de sol? Confira esse post no blog da Emponto!

Na época, o sistema de contagem utilizado pelos egípcios era o sistema duodecimal, ou seja, com base no número 12, e por isso, o dia foi dividido em 12 partes, em um primeiro “rascunho” do que hoje conhecemos como as horas. Mas como a incidência do sol varia de acordo com as estações do ano, essas partes tinham diferentes durações de acordo com a época do ano, apesar da divisão sempre se manter fixada ao número 12. 

Durante a noite, o sistema utilizado era diferente, e usava as estrelas e seu movimento como principal referência, mas mantendo a divisão em 12 partes. Nesse período sem a luz do sol, o instrumento utilizado era a clepsidra, ou relógio de água, que fazia a medição do tempo de acordo com o fluxo de água que passava de um recipiente para o outro.

Assim, com dois períodos divididos em 12 partes cada, surgiu o primeiro conceito de um dia com 24 partes, que serviu como base para o que hoje determinamos como horas.

De hora em hora

Os primeiros conceitos da divisão da hora em 60 minutos (e, consequentemente, dos minutos em 60 segundos) surgiu apenas muito tempo depois, na Grécia Antiga. 

Cientistas da época, principalmente astrônomos e físicos, usavam muitas referências e descobertas da Babilônia em suas teorias, incluindo o sistema de contagem babilônico que tinha o número 60 como base. A partir disso, diversas novas descobertas, observações astronômicas e determinações científicas também tinham o número 60 como principal base ou divisor. 

Entre essas determinações, algumas se destacam e estão relacionadas: as divisões de um círculo em 360 graus, que levou à divisão do globo terrestre em latitudes e longitudes, e a divisão do tempo, com os dias divididos em horas e as horas divididas em minutos.

Porém, apesar dessa determinação, a adoção desse sistema de contagem ainda demorou vários séculos para ser realmente utilizada no dia a dia: por ser minuciosa e precisa, era difícil acompanhá-la sem a ajuda de instrumentos com o mesmo nível de minuciosidade e precisão. Os relógios de água e de sol, apesar de muito úteis para períodos longos, deixavam a desejar nesses quesitos.

Foi só com a invenção dos primeiros relógios mecânicos, no fim do século XVI, que a marcação dos minutos e segundos se tornou acessível para a população geral, e começou a ser levada mais a sério nas mais diversas camadas da sociedade.

Nem tudo é sempre igual

O sistema iniciado pelos egípcios e aperfeiçoado ao longo do tempo pode até ser o que se popularizou em todo o mundo nos tempos modernos, mas diferentes povos e regiões utilizaram outros métodos de medição do tempo ao longo da história.

Na China Antiga, por exemplo, o dia era dividido em 100 “marcas”, chamadas de 刻 (kè), que iam da meia-noite até a próxima meia-noite. Esse sistema aos poucos foi se dividindo em 12 “pedaços”, mas diferentemente do sistema egípcio, o número 12 foi baseado na quantidade média de ciclos lunares em um ano solar.

Já na Itália, em meados do século XIV, o “tempo italiano” era dividido em 24 horas, numeradas consecutivamente de 1 a 24, mas com a primeira hora se iniciando ao fim do pôr-do-sol. Esse sistema foi oficialmente abolido em 1755, mas algumas regiões mais tradicionais continuaram o uso até meados do século XIX.

A hora é agora

Atualmente, dois sistemas de medição e acompanhamento do tempo são mais utilizados ao redor do mundo, e considerados oficiais pela maioria dos governos e autoridades: o sistema de 12 horas e o sistema de 24 horas.

Em sua essência, esses dois sistemas são muito similares, já que a duração de suas horas são iguais, e eles se reiniciam em ao menos um momento em comum.

No sistema de 24 horas, um dia corresponde a 24 horas de 60 minutos cada, que termina às 23:59:59. No segundo seguinte, o relógio volta ao zero, marcando 00:00:00, ou meia-noite, como o início de um novo dia. 

Esse é o sistema de medição do tempo mais utilizado ao redor do mundo: além de ser o sistema considerado oficial pela Organização Internacional para Padronização (ISO, em sua sigla original), ele também é utilizado para fins militares, científicos, tecnológicos, médicos e muito mais. A preferência por esse sistema se deve principalmente ao fato de que cada uma de suas horas tem um nome distinto, que evita confusões e ambiguidades. 

Já o sistema de 12 horas é mais comum em países de língua inglesa, ou que foram fortemente influenciados por esses países. Nele, o dia é dividido em dois períodos de 12 horas, denominados de a.m (ou AM, derivado do latim “ante meridiem”, significando “antes do meio-dia”) e p.m. (ou PM, derivado do latim “post meridiem”, significando “depois do meio-dia”).

A maioria dos relógios de pulso modernos usam esse sistema em suas faces, e um dia completo consiste de dois giros completos do ponteiro ao redor da face. Acredita-se que é por causa da popularização desses modelos de relógio que alguns lugares ao redor do mundo usam o sistema de 24 horas oficialmente, mas adotaram o sistema de 12 horas na comunicação, principalmente a informal — o que é o nosso caso aqui no Brasil.

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